terça-feira, 16 de outubro de 2018

Resenha Crítica


                   RESENHA CRÍTICA



O tema abordado tem como título: “Pavimentação e Intervenção na saúde”, sendo ele atrativo, pois a pavimentação possibilita qualidade de vida e desenvolvimento dos espaços urbanos. A carência deste importante componente e o mau gerenciamento de vias de acesso e passeios acabam prejudicando a comunidade.
Em busca de esclarecer e evidenciar os impactos destas obras de pavimentação foram abordados alguns artigos e matérias relacionados ao tema. Neles podem-se observar que a ausência de infraestrutura adequada pode vir a ser causa de outras precariedades, como o aumento da criminalidade e a falta de segurança.

O presente trabalho tem por objetivo promover reflexões e análises através de métodos participativos sobre um dos mais importantes componentes do desenho urbano, a via pública. Trata-se de sua importância como elemento estruturador das cidades e a partir de modelos semelhantes de referência analisa as condições mínimas necessárias para estruturar as vias públicas localizadas neste local.

 Na busca desses resultados foram feitas entrevistas e questionários com a população e com profissionais da área, a fim de exemplificar de forma clara e sucinta estes transtornos causados pela falta de pavimentação.

 A má pavimentação traz transtornos para a população, em períodos de estiagem o excesso de poeira promove problemas de saúde e nos períodos de chuvas o problema são os buracos que formam poças de água e se associam com os esgotos a céu aberto, podendo proliferar os focos de dengue.

De acordo com uma publicação na Revista de Saúde Pública as condições ambientais insalubres persistem na cidade de SP, destacando-se em particular a condição de esgoto a céu aberto que foi encontrado para 31,0% das crianças do terço mais pobre e para 5,2% das crianças do terço mais rico. No qual deixa claro que as grandes desigualdades sociais também influenciam quanto à distribuição das condições de moradia e de saneamento. (Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo).

Outro problema comumente encontrado é em relação a locomoção de veículos e pedestres que é prejudicada pela lama e depressões na via. Evidenciado na publicação “Falta de calçamento prejudica acessibilidade na Vila Madre Teresa”, onde os moradores da vila na zona a Leste de Teresina, reclamam de transtornos causados pela falta de calçamento nas ruas da região. No local, as vias feitas de terra dificultam o deslocamento e prejudica a saúde da população e, a situação se agrava para os moradores que dependem de cadeira de rodas para se locomover. Além disso, a grande quantidade de poeira que é levantada ao transitar também representa transtorno. O morador acrescenta que, no período de chuvas, os carros, motos e bicicletas também ficam impedidos de transitar pelo local, que fica coberto pela lama e pelo mato, propiciando acidentes. (portalodia.com)

Nesse contexto entendemos que a rua, assim como a calçada, é um elemento urbano que deve ser interpretado como suporte de múltiplos usos. Não sendo está classificada apenas como um elemento funcionalista para a circulação de veículos e pedestres, mas também como local de relações permanentes entre os usuários.

Outro aspecto que têm relação direta com o dimensionamento dos pavimentos asfálticos são os impactos ambientais. Isto fica mais evidente durante o processo de produção do asfalto, quando as usinas se tornam fontes poluidoras, contaminando o solo, a água superficial e subterrânea, o ar, além de gerar adensamento e compactação do solo o movimento de produtos químicos que contamina o solo resulta na exposição por inalação e ingestão da água lixiviada que, por sua vez, contamina a cadeia alimentar. No entanto os impactos ambientais não são consequência do asfalto em si, mas, contudo, são provenientes de toda uma cadeia.

Neste sentido há diversas maneiras de amenizar esses impactos, uma dessas é através da reciclagem de asfalto, a partir do asfalto-borracha, o qual se convencionou a ser chamada de “asfalto ecológico” que é a adição de pó de borracha extraído de pneus velhos ao ligante asfáltico aumenta a durabilidade do pavimento em até 40%.

Além de contribuir com o meio ambiente, o asfalto reciclado proporciona mais segurança e conforto aos usuários de rodovia, fruto da nova textura do pavimento em contato com o veículo, a qual gera menos ruído, maior aderência dos pneus e menor dispersão de água em caso de chuva, reduzindo os alagamentos, além de ter maior vida útil.

Constamos que os impactos ambientais não são consequência direta do asfalto em si, mas, são resultados do efeito de toda uma cadeia, indo desde a extração do material, produção, construção, manutenção, utilização e fim de vida do asfalto, permeada pelo ciclo de vida das pavimentações.


Ademais, a falta de pavimentação é uma das principais causas e agravantes de doenças respiratórias, dermatológicas pois libera para a atmosfera muitas partículas nocivas que, quando inaladas, causam problemas sérios a saúde humana.

Em contrapartida uma boa pavimentação evitará todos os problemas já citados. Esta pode ser feita de inúmeras formas, segundo uma postagem sobre pavimentação de estradas existem diferentes tipos de materiais que podem ser utilizados, assim como máquinas e equipamentos. Além de algumas obras não poderem contar com o que há de mais recomendado, criando a necessidade de se adaptar à realidade local. E mesmo havendo tantas diferenças e opções no momento de realizar a pavimentação de estradas, algumas etapas estarão presentes em todas elas, tais como:

Projeto – criado por um ou mais engenheiros, o projeto irá definir cada parte da pavimentação, garantindo que supra todas as necessidades da estrada.
Planejamento – irá possuir a função de gerenciar os trabalhos e materiais, controlando quando uma atividade será feita, por qual profissional e utilizando quais recursos.
Orçamento – de grande importância, estará impedindo que os recursos monetários sejam utilizados de forma incorreta.
Execução – os trabalhos são iniciados, sempre seguindo que foi previamente definido. (premonta.com.br)

Nesse contexto, Mascarenhas Neto, 1790 considerou que para uma boa pavimentação é importante conter esses aspectos:
Drenagem e abaulamento: “o convexo da superfície da estrada é necessário para que as águas, que chovem sobre ela, escorram mais facilmente para os fossos, por ser esta expedição mais conveniente à solidez da estrada”;
Erosão: “quando o sítio não contém pedra, ou que ela não se consegue sem longo carreto, pode suprir-se formando os lados da estrada com um aterro de grossura de quatro pés, na superfície do lado externo, formando uma escarpa; se devem semear as gramas ou outras quaisquer ervas, das que enlaçam as raízes”;
Distância de transporte: “o carreto de terras, que faz a sua maior mão-de-obra”; Compactação: “é preciso calcar artificialmente as matérias da composição da estrada, por meio de rolos de ferro”;
Sobrecarga: “devia ser proibido, que em nenhuma carroça de duas rodas se pudessem empregar mais de dois bois, ou de duas bestas, e desta forma se taxava a excessiva carga; liberdade para o número de forças vivas, empregadas nos carros de quatro rodas, ... peso então se reparte, e causa menos ruína”;
Marcação: “todas as léguas devem estar assinaladas por meio de marcos de pedra”.

Uma boa pavimentação proporciona conforto à população, melhores condições de limpeza, contribuindo para a saúde pública, e proporciona níveis satisfatórios de segurança, velocidade e economia no transporte de pessoas e mercadorias. A manutenção de vias de acesso e passeios tem grande relevância, já que a pavimentação possibilita qualidade de vida e desenvolvimento à comunidade, promovendo ligações entre os centros e as periferias, e, ainda auxilia na valorização de áreas.

Assim sendo, a relação desse tema ao artigo analisado é que ambos visam à procura de soluções para esse impasse que anda ocorrendo nessas comunidades. Porém, para que de fato seja solucionado, é necessário não apenas a conscientização da população, mas também que haja intervenção de órgãos públicos nas condições ambientais. Consequentemente a falta de investimentos para tal temática prejudica a economia, a saúde e o bem estar da comunidade.

Segundo a Constituição Federal, é dever de toda a prefeitura prover uma pavimentação de qualidade para as vias urbanas. Por conseguinte, essa lei não é executada e assim vias sem infraestruturas ainda são realidades em várias cidades brasileiras.
Depreende-se, portanto, que as obras de pavimentação estão intimamente ligadas a uma melhor qualidade de vida da população, tanto em questões de acessibilidade, quanto de saúde.





























Referências:



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